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Quarteto Pamonhas Audreynalina na Copa Brasil - Foz do Iguaçu

Atualizado: 23 de nov. de 2022


A equipe esteve em Santa Terezinha de Itaipu, na região de Foz do Iguaçu para participar da sua última prova do ano - a Copa Brasil, uma prova que reuniu as equipes classificadas entre as 3 primeiras de percurso longo (Expedição) de Corridas de Aventura de cada estado brasileiro nas categorias quarteto, dupla mista e dupla masculina.



O casal Audrey e Norberto vinha participando de CAs predominantemente como dupla mista - mas há tempos que planejava compor um quarteto. No início do ano, em conversa com amigos, toparam com o Jean, "macaco velho" das corridas de aventura que de pronto aderiu, mas precisavam de mais um componente. Depois de alguma procura, apareceu o Rodrigo, que entrou como "tapa-buraco" e já na primeira corrida em Ibirama se mostrou um excelente team player, permanecendo esta a formação do quarteto ao longo do ano.



A prova da final Copa Brasil prometia, pelo menos, ser dura. Seriam 40km de caiaque já na largada, à meia-noite de sexta para sábado, dia 19 de Novembro. Os trechos seguintes seriam de mountain bike e trekking, alternados, totalizando 220km.


Sexta-feira, eram 19h e estavam quase todos lá na base. Atletas de todo o país reunidos para o desafio. E a prova começou pontualmente à meia-noite!



O percurso de caiaque se deu pela represa da usina de Itaipu, no rio Paraná. Começou na prainha de Sta Terezinha, e seguiu pelos 40km até o balneário Ipiranga.



Havia estrelas cadentes rasgando o céu a todo momento, foi de perder as contas. Coincidência ou não, o percurso obrigatoriamente seguia a Leste pela madrugada, presenteando os atletas com um sol nascente magnífico, digno de admiração. E a lua também estava ali para deixar o momento ainda mais lindo.



"Vimos um céu estrelado maravilhoso e um nascer do sol inesquecível, que certamente ficará na minha memória pra sempre." - Norberto comentou. Ainda durante o caiaque, houve um espacinho para uma soneca recuperativa. "Paramos numa margem com sombra, pois o sol antes das 8 já estava forte, e depois de preparar um café (haha, sim teve café no barco), tiramos uma soneca e seguimos" completou Audrey.



Chegando na área de transição (AT) de caiaque para mountain bike (umas 9:30), o time encontrou o quarteto-irmão Os Pamonhas.



Ali com o acesso aos sacos de apoio, mudou roupas, reabasteceu/reorganizou e seguiu, pois o quarteto Sussuarana já estava ali colado. "Veigantes sempre fortíssimo, chegou na AT quase junto com a gente e logo nos passou na bike. Monstros…" (Norberto)



O primeiro trecho de bike já dava uma ideia de como seria o dia. Seriam 30km com sol extremo, sem nuvens, sem sombras. Somente aquele relento com calor e o mapa mostrando o caminho. "Na primeira bike eu já pensei que haveria atletas quebrando (inclusive eu). O sol estava muito forte. Me besuntei de protetor solar e cobri o que pude do corpo e segui. Empurrar a bike no relento em algumas subidas que a prova tinha foi uma tarefa árdua." (Norberto)



Com uma navegação tranquila, muito calor, visual lindo de céu azul e canto de pássaros a todo momento, chegaram à AT 2/3 (bike-trekking e posterior trekking/bike) próximo das 12:30, já tendo sido cortados, por chegar depois do tempo limite (o corte consistia em deixar de fazer o primeiro trecho de trekking, e seguir direto para o segundo trecho de bike). A organização prevê estes cortes para um melhor controle da prova, e melhor previsibilidade de tempo de finalização de prova. "Como já estávamos cortados, a estratégia foi parar ali na AT e dormir, descansar. Se abrigar do sol, comer, (acessamos nossas caixas de transição), se recompor bem para enfrentar todo o resto da prova, que sabíamos que seria duro. Pegar o corte talvez tenha sido o melhor que nos aconteceu, pois com o sol pinado naquele momento, acho que poderíamos quebrar facilmente em meio àquelas subidas - e queríamos muito fazer o segundo trekking, que também tinha horário de corte. Trocamos o trekking 1 pelo trekking 2, esse no escuro, fresquinho haha" (Norberto)


Depois da dormida de mais de 1h, e uma transição nada rápida, o quarteto seguiu para o trecho 2 de MTB (já eram umas 15h). O sol continuava ali, daquele jeito. A navegação foi precisa, o que manteve uma boa moral na equipe. Foram seguindo, pegando os PCs, encontrando outras equipes, conversando e se divertindo. Rodrigo, em uma das vezes que ajudou a Audrey, ao empurrar ela na bike, se desequilibrou e "tomou um capote"… "Me assustei ao ouvir o tombo, voltei ver, tava ele se arrumando, a Audrey assustada, e cachorros acoando na casa à frente. Dizia ele que estava tudo bem, mas parecia que não tava tão bem assim. Ficamos apreensivos mas gratos por ele ainda poder tocar adiante." (Norberto)



Foram seguindo, pegando mais PCs, e o sol ia baixando. Chegando na cidade de Matelândia, com a dupla mista de amigos Sturge Weber (Gi e Brandão), pararam comprar picolé, e mais adiante, acharam uma padaria que estava fechando naquela hora. O dono estava pra fora e falou que tinha empadas e outros produtos. Todos entraram e foi uma festa! "Acho que comi a melhor empada da minha vida ali. 3 vezes haha - a fome deu um tempero extra, mas estava gostosa mesmo." (Norberto)



Matelândia fica no alto… Pra chegar até a cidade foi subida atrás de subida, e ao sair dela, foram descidas longas, e desta vez, asfaltadas em grande parte. O sobe e desce foi acontecendo, a percepção era mais de sobe do que desce, mas a prova foi progredindo, e o sol continuando a cair, até que todos foram agraciados com um por-do-sol magnífico.



De PC em PC, ao se aproximar da AT4, resolveram entrar na cidade de Jardinópolis para comprar alguma bebida e algo pra comer. Encontraram uma pizzaria… Aí já viu - 2 pizzas de calabresa com cebola e bebida pra enfrentar a prova. Parada de cerca de 1h.



Enfim, chegaram à AT 4 por volta de 21:30, deixando as bikes (que seriam transportadas por caminhão até a AT5) e então o quarteto faria o trecho 2 de trekking, na "trilha da onça", dentro do Parque Nacional Iguaçu.



Novamente com acesso a sacos de transição, puderam se reabastecer, reorganizar e se recompor (sim, outra soneca). "Combinamos de dormir por 2h, pra começar o trekking à meia-noite. Acabou que às 23h levantamos, depois daquele soninho bom no gramado ao relento, com as formiguinhas passando pelo corpo, e seguimos." (Norberto)


A trilha da onça não oferecia muitas dificuldades. É um caminho em sua maioria plano, e dá até pra fazer de bicicleta. Heitor tratou de esconder um pouco os PCs, mas foi camarada em deixar fitas refletivas neles, que ajudaram muito. Foram vistos alguns bichos (tatus, lagartos, gambás), mas nada de onças, pelo menos à frente.



Na trilha, mesmo com as sonecas prévias, o sono começou a pegar. Eram cerca de 2 da manhã e o Norberto estava parecendo um "zumbi-bêbado", ao ponto do Rodrigo pedir a todos por favor que parassem para que o Norberto pudesse dormir. "Quando vi o Rodrigo pedindo isso tive que rir, mas realmente estava em um estado deplorável". O quarteto então achou uma saída alternativa da trilha e novamente no relento, no chão batido (pra evitar bichos), se acomodou para uma soneca revigorante de 20 minutos. Com uns goles de energético foi possível os 4 ficarem "acesos" para enfrentar o resto da trilha.



Terminando a trilha da onça, na estrada rural a caminho do AT 5, o sol começava a dar as caras, brindando os atletas com o segundo nascer-do-sol da prova (esta foi a primeira prova em que o quarteto pôde presenciar duas vezes esta parte linda do dia). "Com a beleza do raiar do dia, os passarinhos cantando e a calmaria que é o momento, também olhávamos ao céu e sabíamos que quando o sol voltasse, viria novamente impiedoso haha" (Norberto)


Chegando ao AT5, comeram, desequiparam lanternas, baterias, abasteceram e seguiram para o trecho final, um MTB de pouco menos de 50km.



O sono continuava forte ao ponto do Jean cair um tombo, daqueles tombos bestas de sapatilha presa. Pararam dormir mais 2x. "Eu, ao todo, dormi 4x na prova. O Jean, eu perdi as contas lá pela décima vez haha - ele acelerava a bike e esperava a gente lá na frente, dormindo." (Norberto)



Jean achou uma mangueira de irrigação na beira da estrada e tomou um banho diferenciado!



O último trecho, apesar de ter suas subidas boas e ser o mais longo, era um pouco menos pesado que os anteriores, o que deu também uma animada. Por volta de 11h da manhã o quarteto cruzava a linha de chegada.



"Prova sensacional. Tomamos um corte acertado ao meu ver, tivemos um entrosamento perfeito, nos divertimos e conseguimos concluir a prova - que era o objetivo desde o início. Aprendi a dormir em qualquer lugar imaginável hahaha, volto desta prova mais confiante para os desafios que nos esperam em 2023. Obrigado Heitor, Carla, clube Os Pamonhas e Nery/Tupy (nosso grande apoio) e todos os amigos que participaram direta ou indiretamente." (Norberto)




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